Não gosto quando as lembranças chegam,
marcando uma a uma,
feito código de barras embaralhado e sem afeto.
No abismo da madrugada
um sopro pálido levanta das cinzas o teu sorriso,
acordando a dor que sonha o leve.
Não houve o abraço da despedida,
o registro final do teu corpo no meu.
E quando a saudade bate,
como se fosse possível,
meu olhar de horizonte te busca no espelho.
Porém,o que encontro refletido
são olhos derramados de silêncio,
a chorar com os meus.
Rosy Moreira
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