terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

ESTIAGEM





Desafiei a tempestade,

pousada em seus olhos fundos,

quebrando a rima do cotidiano.



Num transbordamento,

algo em mim se perdeu,

desviando a ordem dos meus dias.



Entre beijos,bocas, olhos e lábios,

me fiz gigante em pleno ar,feito cascata,

mergulhando num vôo baixo e pouso lento.



Depois desse movimento,

a deslizar, um sobre o outro,

nada mais foi igual.


As palavras soltas falam,mas ninguém escuta.


Só restou a estiagem,

empoeirada de lembranças.



Rosy Moreira



Um comentário:

Antònio Manuel disse...

Rosy::

Pôetisa Amiga!

Venho lhe ofrecer o selinho do primeiro aniversàrio do Blog *Pôesia do Mundo*

Agradeço lhe todos belos momèntos de leitura que me prociona:
Os mèus melhores comprimèntos

Antònìo Manuel