sábado, 9 de janeiro de 2010

ETERNA




Quando a terra me acolher,

e eu desistir,como crepúsculo definhando,

quase sem forças,aos seus pés;



Quando a noite escura descer,

calando minha voz,que grita os olhos entristecidos,

e só restar o silêncio,a tarde,a sina;



quero um poema,como manto,a me cobrir.



Quando choro,ele chora comigo,

numa cumplicidade sentida,

segurando meu rosto,no silêncio côncavo de suas mãos.



Descanso feliz,

pois mesmo morrendo,nele permanecerei viva.



Pois meu poema é eterno,

como pasto das campinas,que rebrota,

tendo o papel como campo aberto e fértil.



A semear versos,colhendo sentimentos.



Rosy Moreira


Nenhum comentário: