sábado, 23 de janeiro de 2010

DESPEDIDA






Abro o leque de lembranças crepusculares.



Um certo jardim abraça meu pensamento,

onde sentimentos vivos,

feito crianças,correm soltos.



Entre margaridas amarelas,

folhas de plátanos,e aroma de erva-doce,

revivo mansos delírios.



Hoje vivo outra estação.



Árvore seca,

solidão outonal,

desfolho-me à sorte.



Olhos rasgados,em lágrimas,se estreitam.



Na leveza das folhas,jazem os sonhos.



Num aceno silencioso,

como despedida.



Rosy Moreira




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