Porque quando acho que estou à beira do abismo,
respiro e mergulho fundo na vertical,
atingindo o alvo mais profundo e escuro do poço.
Entontecida e fraca me acho.
Falta-me sangue quente, impulsionando as veias.
Recobro as forças,buscando a superfície.
Em perfeita sincronia,
sentindo no paladar todos os sabores.
Visto-me de uma emoção diferente,
buscada não sei onde.
Piso e flutuo em novas avenidas
para alongar e alar meus passos, já cansados.
Eis que sinto acordar o animal
com fome e com sede de vida,que hiberna em mim.
Viro fera,luto,demarco território,
saltam garras...arranho paredes.
E transformo em episódio,o que supunha ser só sonho.
Rosy Moreira
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