Já puxei a cortina do abismo
e encarei-o de frente,olhando-o fundo,
e uma lágrima de derrota desprendeu-se dos seus olhos.
Já assisti o parto do clarão,
que a noite trazia no ventre,
presenteando a manhã com a graça de ser mãe.
Já acordei o silêncio das pausas,
e ouvi o eco das minhas próprias palavras,
resgatando a essência do menos mal,
e a carência do melhor.
Já me joguei do último andar do improvável,
confundindo medo,soluço e sorriso.
Entrelaçada ao infinito,enfrentando sombras e luzes.
Meu pensamento curioso
já vagou onde ainda perambula o olhar,
roçando o firmamento,à cata do desconhecido.
Pois sem emoções,
não há razão para existir.
Até que o tempo pare meu calendário.
Rosy Moreira
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