domingo, 6 de dezembro de 2009

DESCONHECIDO


Já puxei a cortina do abismo

e encarei-o de frente,olhando-o fundo,

e uma lágrima de derrota desprendeu-se dos seus olhos.



Já assisti o parto do clarão,

que a noite trazia no ventre,

presenteando a manhã com a graça de ser mãe.



Já acordei o silêncio das pausas,

e ouvi o eco das minhas próprias palavras,

resgatando a essência do menos mal,

e a carência do melhor.



Já me joguei do último andar do improvável,

confundindo medo,soluço e sorriso.

Entrelaçada ao infinito,enfrentando sombras e luzes.



Meu pensamento curioso

já vagou onde ainda perambula o olhar,

roçando o firmamento,à cata do desconhecido.



Pois sem emoções,

não há razão para existir.



Até que o tempo pare meu calendário.



Rosy Moreira


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