domingo, 6 de setembro de 2009

ESPERA



Tenho em mim raízes de um mistério.


Um penoso inverno


que guarda retalhos de céu...


e a poesia como argumento.




Entrelaçadas


conhecemos a noite


onde a madrugada se esconde


e o grito da manhã ecoa aos quatro ventos


fazendo da vida um tempo de esperas.




Como posseiro


a poesia invadiu meu peito já adormecido


armazenando um enredo


de gestos e palavras...


como se ali sempre existisse.




Seguimos...


despedaçando lembranças


pelas esquinas da alma.




Saboreando a brisa de lírios


o mel do amor em brasa


o vinho amargo


da ferida que grita saudades.




Eu e a poesia somos um só e longo canto...


Nos delírios de ser tudo e nada ser


...nosso alvo é a vida.




Rosy Moreira

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