Tenho em mim raízes de um mistério.
Um penoso inverno
que guarda retalhos de céu...
e a poesia como argumento.
Entrelaçadas
conhecemos a noite
onde a madrugada se esconde
e o grito da manhã ecoa aos quatro ventos
fazendo da vida um tempo de esperas.
Como posseiro
a poesia invadiu meu peito já adormecido
armazenando um enredo
de gestos e palavras...
como se ali sempre existisse.
Seguimos...
despedaçando lembranças
pelas esquinas da alma.
Saboreando a brisa de lírios
o mel do amor em brasa
o vinho amargo
da ferida que grita saudades.
Eu e a poesia somos um só e longo canto...
Nos delírios de ser tudo e nada ser
...nosso alvo é a vida.
Rosy Moreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário