Vem...quero suas mãos
acomodando-se no silêncio do meu corpo
como folha aos pedaços despencando em desalinho.
acomodando-se no silêncio do meu corpo
como folha aos pedaços despencando em desalinho.
Vem...como velho arado
lavrando minha terra lentamente
virando às avessas esse chão descoberto
onde a brisa leve imortaliza os sonhos.
Recolhe o melhor de mim
temperado pelo sol do dia-a-dia
depositando suas sementes
nesse campo regado de esperas.
Vem...como broto novo
germinado depois de muitas luas.
Uma rara raiz ao fundo
pondo-me em pé.
Como árvore nua de outono exposta ao vento.
Rosy Moreira
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