Batendo asas em rodopio
os sentimentos desfolhados
pousam incertos.
Enfrento como ave nova
o meu céu em gestos revoltos
sobrevoando alto e fundo
lá onde a alegria se quedou.
A brisa me leva...
me despe e veste de negro
essa ausência sem colorido ou consolo...
onde vasculho à sua procura.
O velho náufrago que me habita
divaga anda tropeça e nada!
numa sensação lerda de perda
de sentimentos afogados vindos à superfície.
Cada todo de mim
implora suplica deseja
como um porão desabitado
as reais imagens de alegria
que apenas pressinto.
Me debato concha vazia ao mar
terra em sombra
ar em queda contínua
na curva tonta da noite
onde esperanças tombam adormecidas.
Perdi o leme...
sou só um esboço nesse bailar de espumas.
Rosy Moreira
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