No corre-corre da vida
as pessoas cruzam-se
olham-se indiferentes
submergidas cada uma em sonhos e lamentos.
Por essa estrada sem fim
olho duas paralelas sem volta
onde vultos apressados seguem caminho.
O sinal está fechado...
faço o sinal da cruz.
Os minutos que restam elevam à uma prece.
Sigo uma estrada
onde às vezes tenho vontade de retornar...
buscar leveza e amarrar com laço
junto às pesadas bagagens.
Mas o tempo não pára!
E no meio-fio paro.
Procurando calma no gramado...
no lago...no asfalto...
dentro e fora de mim.
Alguém buzina...
a correria do dia à dia
quebra enfim a nostalgia.
Faz esquecer quem somos...
para onde vamos...
para um caminho sem volta.
Rosy Moreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário