domingo, 7 de junho de 2009

PARALELAS


No corre-corre da vida

as pessoas cruzam-se

olham-se indiferentes

submergidas cada uma em sonhos e lamentos.


Por essa estrada sem fim

olho duas paralelas sem volta

onde vultos apressados seguem caminho.


O sinal está fechado...

faço o sinal da cruz.

Os minutos que restam elevam à uma prece.


Sigo uma estrada

onde às vezes tenho vontade de retornar...


buscar leveza e amarrar com laço

junto às pesadas bagagens.


Mas o tempo não pára!


E no meio-fio paro.

Procurando calma no gramado...

no lago...no asfalto...

dentro e fora de mim.


Alguém buzina...

a correria do dia à dia

quebra enfim a nostalgia.


Faz esquecer quem somos...

para onde vamos...

para um caminho sem volta.


Rosy Moreira

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