A chuva tem a pele nua,
tem a pele úmida,
é fria e me causa arrepios.
A chuva é nova ,e renova a roupa
e o perfume da terra.
Eis que lava com leveza ,com modulação de brilhos
a terra ,a alma ,a aurora,
as frestas e ondulações secretas.
Seu ruído é música e veludo,
chuva sempre esperada.
Vai acariciando o contorno dos morros,
a pastorear nuvens alvas
de vôos ignorados.
Pinceladas de gotas e miçangas
sobre a azul imensidão,
com a beleza e lentidão,
rega o verde da terra decepada.
A chuva dança a lânguida planície
de seu ventre ,e fio a fio,
gota a gota,
é toda ela...lágrimas de saudade!
Rosy Moreira
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