Você cresce dentro do meu silêncio.
Se torna gigante e raro no meu peito
ocupando o vazio que mora em mim.
Somos concha cúmplice
de aconchego quente.
Somos metades que se completam.
Ando a vagar seu seu estar.
Fica perdido sem meu querer.
Ir e vir de apegos renovados.
vazios de solitárias pegadas já apagadas.
Me rendo à suave entonação de seus cuidados
na gota do olhar
onde se entrelaçam luzes
e se encontram rotas de cintilação.
E é tão leve o brilho que nos acolhe e nos une
onde o meu sêr e o seu
não são senão pura concha e pérola
unidas no fundo do oceano.
Rosy Moreira
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