Que amanhã...
entre o dia e eu
uma alegria escancarada se ponha ao meio.
Vou abrir as janelas ao sol
e receber as carícias do tempo
disfarçada em sorriso bonito...
Clamar espaço a cada manhã
para que acenda a luz
que se esconde em meus olhos.
Quero viver...
domesticar o animal que em mim habita
se debatendo inteiro
atropelando sonhos.
Catar meus pedaços...
me refazer
dando voz aos anseios calados
tirando da lembrança
as imagens de amores mal-nascidos.
Bater no muro do meu avesso
até seu furo derradeiro...
retornar ao início
apagar os rabiscos de tensão e medo.
Não quero existência limitada.
Mas a inesperada hora sendo apresentada
do tamanho da esperança
que meus braços curtos sonham tocar.
Rosy Moreira
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