Olhar composto de um misterioso negro,
que se ergue e se expressa como alçapão
prendendo o meu olhar,
prendendo o meu olhar,
a invadir o campo dos meus calores.
Elege e extrapola entre pressa e calma,
o brilho vivo do meu querer sedento,
e de tudo o quanto só se faz beijo.
Estremeço,fico por um triz,
grito seu nome,abraço espaços,
coração descompassa no peito.
Subo paredes,
acende-se a brisa quente
que escala o meu corpo,
que como fim de roteiro
acasala-se ao corpo seu.
Homem Amado,
minha meta,
meu projeto,
minhas mãos cheias de sol,
ecos de canção tocando ao longe.
Pedaços de cenas e gestos
se partem e se ardem,
latejam e vão além das entranhas
dos meus sonhos de pérola e lírio,
brotando e invadindo
minhas mais ternas madrugadas.
Rosy Moreira
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