De repente,
Surgem as guardiãs num romper de lágrima.
Surgem as guardiãs num romper de lágrima.
São as nuvens transbordando sentimentos,
derramando e repartindo água benta.
Caem as vestes.
Ouriça a pele um arrepio.
Tira cisco dos olhos,
molha boca seca e sacia a sede.
Risca a rua com suas pernas compridas,
e seus longos braços pintam a essência do seu gotejar,
fazendo brotar cor às minhas horas.
Essa chuva calma alisa meu cabelo em desalinho.
Me faz plena e me alivia.
Nativo e puro é seu percorrer.
Ao som da chuva não há tempo pra coisas mortas.
E um cheiro de vida que se manifesta
na maciez da pele líquida
dessa chuva ,a derramar-se inteira sobre mim.
Rosy Moreira
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