terça-feira, 16 de dezembro de 2008

PINGOS DE AMOR


De repente,
Surgem as guardiãs num romper de lágrima.

São as nuvens transbordando sentimentos,

derramando e repartindo água benta.


Caem as vestes.

Ouriça a pele um arrepio.

Tira cisco dos olhos,

molha boca seca e sacia a sede.


Risca a rua com suas pernas compridas,

e seus longos braços pintam a essência do seu gotejar,

fazendo brotar cor às minhas horas.


Essa chuva calma alisa meu cabelo em desalinho.


Me faz plena e me alivia.

Nativo e puro é seu percorrer.


Ao som da chuva não há tempo pra coisas mortas.


E  um cheiro de vida que se manifesta

na maciez da pele líquida

dessa chuva ,a derramar-se inteira sobre mim.


Rosy Moreira

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