domingo, 23 de novembro de 2008

VESTES DA ESPERANÇA



Quero lavar minha alma empoeirada

na gratuidade e leveza da água corrente,

pintando de riscos e compassos

novos sentimentos.


Desnudar-me de antigas vestes escuras,

e me cobrir de um verde esperança.

Nascer no peito fome do novo.


Bater na porta de entrada da vida,

arranhando as paredes,

até o seu abrir derradeiro.


Jogar chamas de crença nos sonhos,

incendiando de realidade boa,

meus dias de pesadelo.


Quero um vento que corte meus vis pensamentos,

e uma rede para pescar nova ilusão.


Estou a sete palmos da alegria,

pois pressentida e perto me perfuma.


Quero o fogo dessa sensação,

queimando as entranhas do meu ser.

Quero que o pó engula o pranto

e a solidão se esfole viva.


Quero as graças da alegria

aflorando em mim.

E o arrepio e emoção de um novo amor,

leve e livre sentido,

tecido fio a fio.


Rosy Moreira

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