Quero lavar minha alma empoeirada
na gratuidade e leveza da água corrente,
pintando de riscos e compassos
novos sentimentos.
Desnudar-me de antigas vestes escuras,
e me cobrir de um verde esperança.
Nascer no peito fome do novo.
Bater na porta de entrada da vida,
arranhando as paredes,
até o seu abrir derradeiro.
Jogar chamas de crença nos sonhos,
incendiando de realidade boa,
meus dias de pesadelo.
Quero um vento que corte meus vis pensamentos,
e uma rede para pescar nova ilusão.
Estou a sete palmos da alegria,
pois pressentida e perto me perfuma.
Quero o fogo dessa sensação,
queimando as entranhas do meu ser.
Quero que o pó engula o pranto
e a solidão se esfole viva.
Quero as graças da alegria
aflorando em mim.
E o arrepio e emoção de um novo amor,
leve e livre sentido,
tecido fio a fio.
tecido fio a fio.
Rosy Moreira
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