Eu aqui sentada,
bando de pássaros em revoada,
tão só com minha solidão!
Nessa cifra de sombras,
vejo um vulto de contínuo
e crescente desespero
que em minhas entranhas se comprime,
plantando-se em minha carne por inteiro.
Quero levantar minhas paredes em ruínas,
reconstruir minha morada,
pousar um alento em meu coração!
Observo esse lençol de águas transparentes,
onde dormem sonhos ,e banham-se esperanças,
debulhando lágrimas e afogando gemidos.
Quisera eu lançar ao vento
todo esse lamento de gritos molhados,
voar aos céus feito pássaro liberto,
e pousar uma paz infinda,em ninhos permanentes.
Rosy Moreira
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