Quando o amor surge,
sinto minha pele despida,
como cachoeira lenta sem pressa,
a desaguar calmamente no leito do rio.
Sinto ao longe a cintilação das mornas águas,
contornando minhas curvas brandas,
entre beijos e brisas...
Leves palpitações batem aqui dentro,
e a paz flutua em meus olhos,
em lâminas de luz e cor.
A emoção dança e acaricia
a lânguida planicie do meu ventre.
A leveza de mãos, pés e corpo inteiro,
pairam e perdem a rota.
E o meu coração e alma nem notam
que sangram o mais tenro teor do branco,
do mais puro e claro amor.
Rosy Moreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário